A visão de um político recém-chegado

Não é estranho para ninguém ouvir por aí que todo político é corrupto. Na realidade, hoje vivemos o ápice político do Brasil -infelizmente de maneira desagradável.

Na política eu nasci em 2012, quando meu esposo foi candidato pela primeira vez. Não participei, mas por obediência matrimonial o acompanhei – de longe. Eu não gostava da política e até tinha vergonha. Meu único trabalho, além das minhas empresas, era conduzir a ONG da Hora que – em 2012 – completava cinco anos de fundação. Nada de política ou político na minha porta. (in)Felizmente meu marido perdeu por 103 votos e acreditamos (eu e minha filha) por um momento que ele desistiria daquele ideia. Mas, em 2014 mais uma vez ele se candidatou. Eu não conseguia compreender o que aquele empresário bem sucedido queria (ou pensava). Resultado: mais uma derrota e a certeza de que era a última. Eis que o destino nos surpreende em 2016. Não! Ele não foi candidato. Na realidade não dá para acreditar, mas, sem eu saber, ele me lançou candidata a Vereadora por Maceió. Não sabia o que dizer, ou fazer.

- Eu sempre me posicionei contra e agora sou à candidata – esbravejava. Não tinha o que fazer.

Sonhei o sonho do meu esposo e resolvi encarar. Volto a dizer: sem saber o que dizer, ou fazer. Apenas fui!

Andei muito, fiz grandes amigos e conheci de perto vários problemas que nos incomodavam. Eu fui tomando gosto e a coisa tomando forma. Quando eu menos esperava, estava envolvida. Mas, como assim?! Justamente eu?!

E nesse momento eu concluo que durante as vezes que meu esposo engajou na política e eu o contrariei, era preciso entender que a essência da política não se explica; se sente. Uma coisa eu tinha certeza: eu não queria ser política por profissão. Queria ajudar. Ajudar mais do que eu já ajudava enquanto empresária. E não me arrependo. É fato que continuo concordando com a frase que iniciou este texto, mas agora com a certeza que também existem políticos bons, mas que precisam de uma oportunidade.

Este mês de junho marca dois anos do início da minha campanha. De quando tudo começou. Hoje estou como Vereadora por Maceió e feliz. Nesses últimos anos nossa instituição social cresceu e hoje atendemos diretamente 400 famílias, 10 vezes mais se comparado ao período em que não éramos políticos. Hoje também tenho livre acesso às grotas de Maceió e com prazer contribuo para o seu desenvolvimento. Mas o que mais me entusiasma a continuar trabalhando abnegadamente todos os dias é a coragem em representar às matérias e discussões na Câmara Municipal de Maceió. E é por isso que estamos na política: para servir.

E a visão de um político recém-chegado?

A minha, por enquanto, continua igual ao do eleitor: renovar os políticos é desobstruir a corrupção e estimular uma legislaturamais propositiva para o bem comum.