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Paralelo

Collor vai criar programa de competividade e câmara setoriais

Candidato ao governo apresentou soluções e ouviu demandas do setor produtivo sufocado pelo arrocho fiscal

Com autoridade de quem abriu as portas do Brasil para o mercado mundial o mundo garantindo renda e emprego para milhões de brasileiros, o candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor (PTC), apontou, durante um encontro com empresários na manhã ontem (3), na sede da Federação da Indústria do Estado de Alagoas (Fiea), para a necessidade de uma real e maior interlocução entre o Estado e o setor produtivo. Ele anunciou, ainda, a criação um programa de competitividade e produtividade, além das câmaras setoriais.

Das mãos de representantes dos setores, Collor recebeu uma pauta com cerca de 200 propostas, o que demonstra, de acordo com ele, a atual e urgente necessidade de interlocução entre o Estado e o setor produtivo alagoano, além de uma demanda reprimida enorme que não tem recebido atenção. O candidato criticou ainda o arrocho fiscal, que vem punido e sacrificando o empresariado alagoano, resultando no fechamento dos estabelecimentos comerciais e no crescimento do desemprego.

"Este livreto, com cerca de 50 páginas e 200 propostas, demonstra uma demanda reprimida enorme, uma absoluta falta de interesse do governo de interagir com o setor produtivo. O que temos ali apresentado são problemas que deveriam já ser de conhecimento do atual governo e não deveriam mais estar nessa relação. Precisamos ter um rumo do que queremos para Alagoas no setor industrial, com geração de emprego e renda. Na minha opinião, devemos investir e muito no campo da inovação tecnológica. Vamos ampliar o diálogo com a classe produtiva".

Diante das queixas do empresariado, Collor deu palavras de esperança a quem emprega e produz, assegurando que, quando chegar ao governo de Alagoas, estará em contato permanente com o setor produtivo para encontrar a melhor maneira de resolver os vários gargalos econômicos que são colocados de lado pela atual gestão. "Não sairemos dessa situação se não buscarmos melhorar a competitividade. Pretendo criar, dentro da Secretaria de Indústria e Comércio, o Programa Alagoano de Produtividade e Competitividade, para dar condições melhores aos setores que estejam concorrendo em desvantagem. Sem isso, não sairemos da situação de marasmo em que nos encontramos em Alagoas".

Sobre os graves problemas enfrentados pelos matadouros em Alagoas, Collor disse que pretende construir novos equipamentos regionais em municípios sedes de microrregiões. Ele destacou que todo este descaso resulta num maior preço da carne. Sobre a carga tributária paga pelos empresários, a segunda maior do Nordeste, o candidato apontou ser essa uma das grandes mazelas de Alagoas. Segundo Collor, desde o ano de 2015, o arrocho fiscal elevou a tributação sobre o consumo de intens. essências à sobrevivência das famílias, impactando de forma negativa na vida do povo alagoano.

"Porque não estabelecer um sistema tributário progressivo, onde os que menos têm menos pagam? Como, em uma época de crise, podemos impor ao nosso comércio a mesma taxação que é imposta num momento de prosperidade? Não podemos construir sociedade forte e justa penalizando a galinha dos ovos de ouro, que são aqueles que participam dos três setores da economia".

Jana Braga