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Paralelo

Por Assessoria •

Câmara debate em audiência necessidade de aprimoramento e efetivação de políticas para o idoso

O Dia Nacional do Idoso, celebrado no início deste mês, motivou uma discussão promovida pela Câmara Municipal de Maceió na tarde desta segunda-feira (18), sobre a necessidade da efetivação e o aprimoramento de políticas que atendam essa parcela da população. A presidente da Comissão de Defesa do Idoso, vereadora Gaby Ronalsa (DEM), foi a propositora da audiência pública que reuniu lideranças, especialistas  e técnicos. Na oportunidade enfatizou a importância de se garantir  ações que privilegiem essa pauta e que os vereadores assumam o compromisso com a causa. 

"Já propusemos projetos de Lei que se tornaram lei e outros que tramitam na casa, incluindo um PL que institui o Centro Municipal para o Idoso. Se aprovado, vai se tornar um local de interação e socialização entre pessoas idosas. Para isso, precisamos ouvir vocês", disse Gaby.

 

O vereador Dr. Cléber Costa (PSB), vice presidente da CDI, destacou aspectos importantes das doenças que mais afetam a vida dos idosos e a necessidade da prevenção, bem como o controle após diagnóstico. Ele lembrou que a acompanha com o seu mandato e atuação profissional as ações municipais em saúde também para a pessoa idosa. "É importante pesquisar dentro da família sobre os casos de morte: câncer, derrame, diabetes entre outras.  Isso vai ajuda a ter atenção maior com o problema principal. A atividade física é fundamental. Cuidar da pressão arterial algo imprescindível e que pode ser tratado com o que o SUS oferece", explicou Costa.

A coordenadora do Programa de Saúde do Idoso, Denise Maia, da Secretaria Municipal de Saúde falou sobre o desafio do envelhecimento na cidade. Isto porque dados indicam que, a capital Maceió tem 12% da população idosa. Sendo assim há uma necessidade real de aprimoramento dos serviços, principalmente, pelo fato das políticas públicas não estarem preparadas para essa realidade próxima. Conforme lembrou, o problema é nacional. 

"Na área técnica do Ministério da saúde se percebe que o repasse de recursos é muito pequeno. Aqui mesmo na SMS conseguimos acompanhar alguns avanços, mas precisamos ainda de novas conquistas. Temos contato com muitos cuidadores idosos, ou seja, idosos cuidando de idosos. Temos conhecimento das questões do envelhecimento e reconhecemos que precisam de um atendimento diferenciado. Trabalhamos com a caderneta de acompanhamento da pessoa idosa que envolve a família e os profissionais de saúde. Ela consta de dados muito relevantes desde as quedas, doenças e alergias. No momento trabalhamos isso nas unidades de saúde", explicou Denise. 

A representante da Cruz Vermelha Brasileira em Alagoas, advogada Elenice de Moraes não questionou a falta de leis, mas sim que sejam colocadas em prática, em especial, que levem em conta o respeito a condição da pessoa idosa. Os governos precisam observar a necessidade da prioridade para os processos que tenham idosos como titulares. 

"Muitas vezes os idosos não têm acesso à Justiça. Já habilitei muitos parentes porque os idosos morreram sem ter o seu pedido atendido. O idoso sofre muita violência patrimonial e psicológica. O INSS tem um sistema que afasta o idoso, em especial o idoso analfabeto. Precisamos ter opções para os que não conseguem utilizar o sistema", destacou Elenice defendendo que isso pudesse integrar alguma política pública. 

Jana Braga