Bancada feminina unida em defesa da mulher alagoana
Durante a sessão especial que discutiu a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres, as deputadas Flávia Cavalcante (PRTB), Jó Pereira (MDB), Fátima Canuto (PTB), Ângela Garrote (PP) e Cibele Moura (PSDB), que compõem a bancada feminina da Casa, expuseram seus posicionamentos sobre a causa e, ao final do debate, manisfestaram a intenção de produzir um documento, onde pretendem apontar sugestões e propostas, visando solucionar efetivamente o problema.
A deputada Jó Pereira observou que o objetivo foi cruzar os dados apresentados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública com os da Secretaria de Estado da Saúde. “O Estado, enquanto poder público, precisa mostrar qual a rede de apoio que a mulher tem”, disse a parlamentar, destacando a importância da bancada feminina na organização da sessão especial. “O apoio político a essa pauta reforça reivindicações e cobranças”, completou.
Durante sua fala na tribuna da Casa, a deputada Flávia Cavalcante lembrou que a ex-presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que incluiu o feminicídio no rol de crimes hediondos. A parlamentar apontou o crescimento da violência contra a mulher e a importância de debates como o promovido pela Assembleia, para ouvir e acolher as demandas das mulheres.
A deputada Cibele Moura classificou a situação da violência contra a mulher como muito grave. “A gente tem que reduzir o numero de mulheres que são violentadas todos os dias”, declarou Cibele, acrescentando que a bancada feminina e o Parlamento alagoano estão atentos à questão. Ela apresentou indicação, solicitando a presença de uma psicóloga, um defensor público e um assistente social dentro das delegacias. “Também estou apresentado um projeto de lei, determinando a fixação de cartazes em locais públicos e de aglomerações, com o Disque 100 e o número 180, para que a mulher saiba a quem recorrer em caso de agressão”, completou.
Em pronunciamento, a deputada Fátima Canuto fez um breve resumo sobre as formas de violências institucionais sofridas pelas mulheres. “Uma das reclamações mais comuns das mulheres é a dificuldade para se registrar a denúncia. Alagoas possui apenas três delegacias para fazer o atendimento e medidas precisam ser tomadas para que o funcionamento de todas elas seja de 24 horas, inclusive nos finais de semana”, observou a parlamentar.
Da tribuna da Casa, a deputada Ângela Garrote lembrou que, ao longo dos anos, as políticas públicas em defesa da mulher, como a Lei Maria da Penha, contribuíram para que grandes problemas fossem superados. “Em meio a tantos avanços, ainda temos situações onde percebemos a estagnação e ignorância diante do problema da violência contra a mulher”, lamentou.