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Jana Braga

Por Jana Braga

Pré-candidato Davi Maia encrencado na Câmara

O clima esquentou na Câmara de Maceió após o pedido de abertura de investigação para apurar se há favorecimento político do pré-candidato Davi Maia e outras irregularidades administrativas, na Superintendência de Limpeza Urbana (SLUM), órgão da Prefeitura Municipal.

Os mais contundentes, o presidente Kelmann Vieira e a vereadora Silvânia Barbosa, deixaram evidente em plenário que o ex-superintendente, na iminência de ser investigado por uma Comissão Especial de Inquérito, construiu uma problemática relação com o poder legislativo.

Kelmann literalmente bateu na tribuna e declarou em alto e bom som que solicitará audiência oficial ao prefeito Rui Palmeira para informar a situação do órgão e solicitar providências urgentes. O vereador fez questão de frisar que Rui não compactua com falcatruas e que Davi é persona non grata fazendo alusões à uma goiaba bichada. Também se mostrou irritado com o que aponta ser um modus operandi que trata o órgão público como privado menosprezando e perseguindo os parlamentares no trabalho de representar as demandas da população.

Silvânia pediu com veemência ao plenário que tenha responsabilidade e cumpra o papel de ofício de fiscalizar e declarou ser fácil falar em corredores e mesas de bares sobre as suspeitas que foram apontadas no pedido de investigação. E reafirmou se tratar de um ditador, inclusive, fazendo referência indireta a este blog que recebeu ameaças de apaniguados do pré-candidato por publicar os fatos ocorridos - e registrados nas gravações do plenário - na Sessão Ordinária da Câmara de Maceió.

Os vereadores Ana Hora, Zé Márcio Filho, Silvânio Barbosa e Francisco Salles também afirmaram que as denúncias são graves.

Empolgado e inábil, Davi Maia acumulou desafetos políticos por todos os lados. Inclusive, dentro da própria estrutura da Prefeitura que querem vê-lo bem longe.

Mas como se utiliza do discurso de mudança, de fazer o certo, etc e tal, ganhou uma excelente oportunidade para mostrar a retidão e a seriedade com que trata a coisa pública. Hora de usar das boas práticas e da transparência para responder aos questionamentos do pedido de investigação esclarecendo para a Câmara de Maceió e para a sociedade os pontos citados no pedido de abertura da CEI.

Por enquanto, prefere tergiversar como se fosse vítima de perseguição política. Acontece que o assunto é outro e trata da administração pública.

Como ex-gestor deve satisfação dos atos que estão sendo questionados (contratos, nomeações, pagamentos).

Que vá ao parlamento municipal e fale à respeito.

Pois, quem não deve, não teme.

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