O que está em jogo para Renan Calheiros e Arthur Lira?

Como ainda não temos candidaturas formalmente definidas para a eleição majoritária do próximo ano, tudo está no campo das possibilidades. No caso da disputa para o Senado Federal, duas cadeiras, de Alagoas, estarão à disposição da escolha do eleitor. À disposição? Nem tanto! É justamente o assunto.

Os profissionais do ramo sabem que uma eleição começa muito antes do chamado período eleitoral. A construção da conjuntura faz parte de uma etapa inicial tão importante que pode transformar uma contenda política em apenas um cumprimento da formalidade.

É nesse aspecto que o senador Renan Calheiros e o ex-presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, já estão atuando. Ambos têm vantagem em relação a outros cogitados, nessas movimentações, porque são articuladores. Não foram presidentes das casas legislativas nacionais por obra do universo. Construíram o caminho com passos largos nos carpetes dos salões e dos plenários e nos gramados das residências oficiais, que entraram como visitantes e saíram como ex-ocupantes, fazendo política, ressalte-se, entre iguais. E não vamos aprofundar sobre o fazer política brasileiro ao longo do tempo.

Então, é essa arrumação do quadro que vai entregar um melhor ou pior cenário (mais fácil, mais barato, menos concorrido…) para os candidatos, e desse modo, as opções para o eleitor, que não participa diretamente desse primeiro estágio até ser comunicado sobre o cardápio da eleição.

Portanto, o que está em jogo para Renan Calheiros e Arthur Lira?

A limpeza do terreno.