Siga

Receba atualizações

Jana Braga

Por Jana Braga

Especulações, cogitações e teorias em separado, o cenário eleitoral está aberto e indefinido

Como invariavelmente acontece, o ano não eleitoral — aquele que corresponde ao intervalo entre as eleições municipais e as eleições gerais, como o de 2025 — é de muita especulação, cogitação e teoria. Políticos, entornos, mídia, agentes diretos e indiretos mobilizam o espiral de panoramas para o que não demora a chegar.

Para se ter ideia, JHC — o nome mais falado quando o assunto é a eleição do ano que vem — seria o único eleitor brasileiro a votar oito vezes para o cargo de senador, pois, de acordo com as histórias que circulam, ele deve votar em Arthur Lira, Davi Davino Filho, Alfredo Gaspar, Eudócia Caldas, Marina Candia, nele mesmo (pois também seria candidato), Renan Calheiros e até no Ítalo Bonja. Mesmo sendo desnecessário do ponto de vista lógico, esse trecho é somente para demonstrar que a conta não fecha. É política, mas matemática também.

Em meio a essas e outras hipóteses, é necessário realçar dois detalhes que, além das ressalvas, estão presentes:

  1. Muitas das narrativas eleitorais estão alinhadas com os objetivos, interesses e preferências de quem narra, importando, assim, o fator bússola política como equivalência.
  2. A predominância da reprodução automática desses enredos, sem o caráter de notícia e informação no sentido literal e factual.

Até aqui, nisso, os Calheiros dominaram. JHC se esquivou. Marcelo Victor falou calculadamente. Arthur Lira é alvo. Paulo Dantas é coadjuvante. Rodrigo Cunha é o que menos sabe. Quem mais importa — o eleitor — está tocando a vida e acompanhando na medida do interesse que tem em assuntos políticos. E, apesar de tudo o que é dito, o cenário está completamente aberto e indefinido até que os prazos eleitorais se esgotem.

A agonia não adianta. Como diria a ex-presidente Dilma Rousseff:

Quem ganhar não vai perder.


Quem perder não vai ganhar.

Paralelo