Distanciamento político de JHC não atrapalhou, mas também não ajudou a candidatura

É do perfil do candidato a prefeito de Maceió, JHC, transitar em um grupo político mais restrito no sentido de não consolidar alianças com todas e quaisquer forças eleitorais existentes no cenário alagoano. A opção é tratada como um limite entre a nova e a velha política e também como um posicionamento de oposição aos principais conjuntos políticos do estado.

Mesmo durante o período pré-eleitoral com a expectativa de vitória em alta, fator que sempre atrai interessados na candidatura, o deputado não procurou coletar apoios além dos que praticamente já teria, inclusive, mesmo sendo procurado não perdeu o sono por não concretizar outras alianças. A exceção foi o ex-governador Ronaldo Lessa, junto com o PDT, que se tornou o vice da chapa.

O distanciamento politico de JHC é acima de tudo - para ele - uma opção. Ele próprio diz não representar grupos. Assim foi eleito deputado estadual e reeleito deputado federal. Mas na eleição de 2016, quando disputou o cargo de prefeito de Maceió pela primeira vez, talvez, tenha faltado, entre outros fatores, uma maior mobilização devido a ausência de sustentação política.

Por outro lado, a candidatura do seu aliado, senador Rodrigo Cunha, em 2018, contrariou essa lógica.

Sem dúvida, na eleição deste ano o candidato JHC está maior do que antes - eleitoralmente falando. O grupo político reduzido numericamente se comparado aos outros dois principais candidatos, Alfredo Gaspar e Davi Davino Filho, não atrapalhou até aqui. Ele figura no páreo da disputa e só será eleito ou derrotado mediante a apuração das urnas. Mas também não ajudou a candidatura a crescer, que segundo as pesquisas divulgadas antes e durante o período eleitoral, se mantém no mesmo patamar.

De toda maneira, com o quadro de empate técnico não é possível prever com exatidão a diferença de votos entre o primeiro e o segundo colocado.

E o jogo está em andamento.

Até o final do tempo.