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Jana Braga

Por Jana Braga

Com ampla base, Paulo Dantas não fala a língua do eleitor menos suscetível à influência política

Foi por força da conjuntura e pela articulação do presidente da Assembleia, Marcelo Victor, que o governador Paulo Dantas chegou ao cargo.

Ele conta com a vantagem de concorrer empossado (reeleição), de ter se tornado o candidato de sucessão de um Governo bem avaliado e com trabalho para mostrar, além de ter estrutura financeira e política para a campanha.

Apesar de vestir a camisa e ser disciplinado, teve curtíssimo prazo para emplacar uma marca como gestor e convencer o eleitorado alagoano de que lidera mais do que um governo de transição.

A candidatura de Paulo Dantas segue o método mais tradicional – e comprovadamente falível - das campanhas. Aposta na classe política para vencer e assim tem uma ampla base eleitoral.

Mas é preciso acender o alerta diante de uma eleição fria que acontece muito mais na bolha do mundo político do que na vida real das pessoas e encontrar meios de dialogar com o eleitor menos suscetível à influência política na definição do voto, principalmente em Maceió e Arapiraca, os maiores colégios eleitorais de Alagoas, onde ele – mesmo com a exposição de governante e da candidatura - é menos conhecido do que os seus adversários.

Porque mais nem sempre é só mais.

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