Siga

Receba atualizações

Jana Braga

Por Jana Braga

Após soltura de Lula, presidente do PT em Alagoas avalia os próximos passos

Durante o final de semana, a saída do ex-presidente Lula da prisão foi o principal acontecimento da política brasileira. O discurso na porta da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), foi um aperitivo para o dia seguinte em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP).


Por lá, estiveram correligionários locais do ex-presidente como o deputado federal Paulão e o presidente do PT, Ricardo Barbosa.

O dirigente partidário acredita que ainda é necessário uma avaliação mais profunda dos reflexos da soltura de Lula. Mas enfatiza que a conjuntura muda tendo como desafio compreender melhor o ponto de vista político da luta que vem sendo travada entre a esquerda progressista e a direita reacionária no Brasil e no mundo. Embora, ache que é preciso romper com o discurso maniqueísta e de ódio.

Para o PT, Ricardo considera que é necessário seguir com a mobilização. Inclusive, com o ex-presidente percorrendo o país. Mas lembra que Lula está livre, porém não inocentado. Juridicamente, o presidente do partido em Alagoas é direto quando diz que o objetivo é a anulação dos processos.

Há de se considerar que, por enquanto, o ex-presidente da República está inelegível e não poderá ser candidato, com base na Lei da Ficha Limpa, em 2022. Além disto, existe o movimento de uma parcela do Congresso Nacional pela aprovação da PEC da segunda instância, que alteraria a constituição no artigo que prevê o cumprimento da sentença somente após o trânsito em julgado. E congressistas protocolaram pedidos de prisão preventiva na Procuradoria Geral da República.

A militância - organizada ou espontânea - de Lula ganhou um estímulo, mas é necessário cautela com o quadro de polarização no Brasil.

O agravamento não é bom para ninguém.

Paralelo